5 de dez. de 2010

just run away.


  
    Fugir. Essa é a palavra certa. Fugir.
    Parece tão errado, mas ao mesmo tempo tão certo. Tão perigoso, mas também, tão divertido.
    O desejo de abandonar todos os problemas, todas as discussões, todos os medos, me parece tão deliciosamente apavorante e tão apavorantemente delicioso.
     A vontade de sair por aí, andando sozinha, sem nenhuma preocupação, sem nenhum meio de contato com aqueles que convivo e, principalmente, sem nenhum destino, me atrai tanto.
     Talvez não seja certo dizer que seguirei sem nenhum destino. A minha mente é que não sabe o meu destino, mas o meu coração deve saber.
     Eu olho pela minha janela e vejo tantas luzes da cidade, e simplesmente me sinto presa numa caixinha de vidro. Eu vejo tudo e todos, mas não posso sair do lugar. A vontade de sair correndo quando ninguém está olhando, de trancar a porta de meu quarto e fugir pela janela deixando apenas um bilhete para trás dizendo apenas 'Fugi, não se preocupem comigo' é extremamente tentadora, mas eu simplesmente não tenho coragem de desaparecer.
     Talvez a falta de coragem seja o meu maior defeito. É ela que me impede de me envolver mais com algumas pessoas e é ela que me impede de realizar as minhas mais incríves façanhas. Mas talvez, a falta de coragem também seja a minha maior virtude, pois é ela que neste momento me impede de fugir, de deixar aqueles que amo para trás, que me impede de fazer o errado e principalmente , é ela que me permite escrever.

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